quarta-feira, 21 de julho de 2010

Onde estás tu D.Sebastião?


Foi a frase que mais me ocorreu durante os 3 dias do SBSR deste ano. Sou totalmente da opinião que tanto pó tinha de ter um objectivo, o regresso do rei seria claramente de valor. Na verdade mesmo que ele tenha colocado os pés na Herdade do Cabeço da Flauta, passou despercebido, ninguém via nada e todos nós perdiamo-nos no meio da poeira. 
Analisemos portanto o slogan deste ano: 
Meco - Onde? É no meio do raio da flauta que o recinto está situado, por isso as belas vistas do mar e areia bonita esqueçam. Malta nua havia, nos 3 chuveiros que colocaram no parque de campismo ( peço desculpa pelo exagero, campo de refugiados vip vá).
Sol - Confirma-se.
Rock n'Roll - A...houve música muito boa sim senhor, mas rock n'roll pouco.
Se este slogan foi mal escolhido? Foi, mas isso não é uma novidade para mim. Prossigamos.
Não fiquei parada em filas intermináveis, porque o meu bom-senso pediu-me 'pelo o amor que tens à tua sanidade vai cedo' e correspondi ao pedido. Confesso que no terceiro dia demorei mais que o normal para lá e para cá, mas rondou 1 hora e picos, nada de eternidades. 
Onde demorava era mesmo para pedir comida, ir ao wc (miseráveis diga-se, que merda é aquela de continuarem a optar por bidons de plástico?) e coitados dos que ficaram sem dinheiro no fim-de-semana, a fila do multibanco tinha tanta gente que comecei a acreditar tratar-se de um 4º palco, com espectáculos alternativos. E quem é que se lembrou de juntar a zona de imprensa com a zona vip e dar-lhe o nome de: Forte? Meus caros, forte têm de ser as drogas que andam a tomar. Levam um festival urbano para o campo, juntam malta que está a trabalhar com zona de lazer de quem não mexe peida, acreditam que o pessoal gosta de acampar em modo refugiados do Darfur, que não nos importamos de comer, beber e respirar terra e já agora colocarem Empire of the Sun às 2:00 de um Domingo, quando no Sábado às 2:00 já os palcos estavam quase 'mortos', foi genial. Eu se não estivesse ainda a drenar do nariz a terra que snifei inadvertidamente levantava-me e batia palmas. 
Mas eu gosto de me concentrar no importante: a música. Pois que foram grandes concertos e os horários foram cumpridos. Bravo. E ficamos por aqui nos elogios, porque o sucesso da parte musical deve-se exclusivamente às bandas e às suas equipas. 
Um obrigada aos amigos com quem fui e fizeram destes dias um espectáculo! Nem quando me deu o fanico da falta de ar eles deixaram de me animar, são os melhores. E fartei-me de encontrar gente, o que me leva a crer que o mundo está cada vez mais parecido com um penico dos Nenucos. 
Entretanto já imagino o SBSR do ano que vem...vai ser brutal! Ah espera, se for no Meco talvez não. 



7 comentários:

  1. Aí está uma vantagem de ter a minha idade. Já não me apanham nesses numeros.
    Hmm... Pensando bem, quando tinha a tua também não. Já nasci velho graças a deus.

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  2. Sempre pensei que snifar o pó dava moca, parece que não ;-D

    E não te preocupes, sei de fonte segura que o próximo SBSR é na baixa-da-banheira :-)

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  3. O que eu ouvi na rádio (antena 3) foi que se ia manter ali nos próximos 10 anos.
    Mas isso foi antes do festival ter decorrido.

    Veremos...

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  4. Bom, várias coisas (opiniões, atenção...):
    O festival começou por ser realmente um festival com uma programação essencialmente Rock. Entretanto direccionou o seu cartaz para outras áreas musicais, mas o que mais importa no nome que tem é o facto de já ter uns aninhos e ter vantagem em utilizar a mesma designação. Para além disso o conceito de Rock é muito vago e a verdade é que houve vários tipos de Rock em palco, desde o Rock & Roll, Indie Rock, Pop Rock, etc. Também houve electrónica, soul e funk mas isso não me parece motivo para mudar um nome de um festival já com algum nome (lá está).
    Nomes à parte, acho que quem pensou o cartaz pensou muito bem. Eclético, actual e a atingir várias idades, portanto dá lá os parabéns também à direcção musical do festival (eu juro que não estive envolvido).
    Pó, filas, tendas e casas de banho sem grandes condições são coisas que estão inerentes a um festival. Todos têm esses problemas, uns mais do que outros, como é evidente. Mas no Verão eu prefiro um festival a 10 minutos da praia do que a 10 minutos de Algés. Prefiro boa música com muito pó do que pouco pó com má música. E eu vi muito bem o Rei, por volta das 23 e tal de Domingo.
    Acho que no final, tal como tu dizes, o convívio e a música ficam por cima de tudo. E que para o ano o cartaz seja tão bom como o desta edição.

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  5. Jaime: Eu não me queixei do cartaz, achei boas as escolhas, tal como se nota pelos elogios. Agora alinhamentos não estavam os melhores (como noutros festiavais sim).
    Se prefiro um festival a 10 min da praia ou de Algés? Depende. Se me perguntares se prefiro o SBSR como ele era em modo urbano? Sim prefiro. Agora é apenas mais um festival de verão cm o Sw e afins. Nisto sou old school ;)

    Obrigada pela visita***

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  6. Quanto é que a Sagres te está a pagar? :D

    Durão

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