terça-feira, 6 de julho de 2010

Esse belo espécimen: O fogareiro

Quando entramos num táxi esperamos o quê? 
Várias coisas é verdade, entre elas ouvir a rádio Amália, mas a mais comum é querer chegar ao nosso destino de forma célere e eficaz, confiando que o condutor conhece Lisboa como a palma da sua mão.
Apesar das conversas de nada que os taxistas fazem, acerca da nossa ou da vida deles, do estado do país ou do tempo, uma viagem neste meio de transporte tem tudo para correr mal, mas acaba por correr bem. Vamos com o rabito alampado num carro que está ao nosso dispor e mai nada. 
Hoje foi um dia diferente, hoje o senhor que conduziu o 'meu carro' até casa não fazia cú de ideia do que é isso Lapa, Basílica, Calçada, passados 2 minutos comecei a acreditar que nem sabia o que é o planeta Terra. O taxista era de um dos países de leste, não sei qual, e para ser sincera não percebi caracol do que disse. Percebi pelo ar perdido e voltinhas que deu, que não fazia ideia de onde estava e para onde ia. Lá ajudei e desatei a rir a meio do caminho. Comecei a imaginar uma pessoa, que não soubesse efectivamente o caminho e a tentar ajudá-lo. Havia de ser giro e por momentos estive para dizer: 'Mas não sabe? Eu também não!'. Achei melhor não, afinal quem estava a pagar era eu. 
Foi uma viagem enriquecedora. Não sabia que o rap em russo até soa bem e da próxima vez que for onde não sei ir, levo a porra de um mapa, não vá o leste tecê-las.

4 comentários:

  1. Já apanhei de tudo nos meus tempos de passageiro fiel. Desde um tipo que ia a ouvir um programa da Antena 2 em que se falava de gramática, até um que dava murros no volante e vociferava baixinho com ar de quem ia matar alguém depois de acabar o serviço.
    O mais cómico foi um que ia a dormir, às duas da manhã, falhou um cruzamento, entrou num parque de estacionamento, parou e disse: estou perdido!"

    De leste também já apanhei, e a unica coisa saliente era fazer questão de explicar que poderia beber 2 litros de vodka que chegava lá na mesma, coisa que um taxista português nã conseguiria fazer. E eu acreditei.

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  2. Haha muito bom! Nunca me aconteceu algo semelhante.. Mas o meu ponto de vista sobre taxistas é este.. vistos de fora e se eu for a conduzir o meu carro são todos seres que mereciam apanhar umas palmadas, e ir tirar a carta de novo, mas é engraçado que as poucas vezes que ando de taxi corre sempre bem.. nunca houve assim uma musica que me marcasse, nunca houve uma conversa forçada, nem nunca senti que os carros a minha volta o fossem a insultar... estranho nao?

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  3. Tens tido sorte Ski! Eu já apanhei com cada um...mais histórias virão acredita.

    **

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