sábado, 30 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Frases que mudam dias.
Hoje contaram-me sobre um documentário que envolve cartéis de droga e métodos de tortura. Um desses métodos consistia em envolver uma pessoa num cobertor a ferver, retirá-lo e a seguir puxar as camadas de pele uma a uma (temos seis). Ainda havia álcool envolvido, de resto como em muitas ocasiões da nossa vida. E eu lembrei-me de ti. De como me recebeste calorosamente, embrulhaste no teu cobertor e a seguir começaste a retirar a pele. Camada a camada ela foi saindo até que fiquei sem nenhuma. Temos seis e eu tenho a sensação que tiraste mais do que isso. O teu álcool foram as palavras que disseste e aquelas que ocultaste. Sabias que ignorar-me funcionava e fizeste questão de provar que eu não valia o esforço. Conseguiste fazer-me acreditar que as pessoas gostavam de me ter perto porque tenho piada, sei umas coisas e tenho alguma presença. Nada mais.
Hoje além do documentário ouvi uma frase, que me fez recuar no tempo e ficar paralisada na rua. A mesma frase. E percebi que a pele voltou a existir, camada por camada, com a mesma espessura. O teu álcool infelizmente ainda não saiu das veias do inconsciente e às vezes dou por mim a pensar que aquilo que disseste um dia, pode ser verdade.
Fecho os olhos e não adormeço. Abro os olhos e não acordo. Por enquanto mantenho-me no espaço entre estes dois estados, até que alguém consiga (queira) acordar-me totalmente ou adormecer a meu lado.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
O que respondemos?
Quando alguém que devia receitar químicos, receita-nos amor e carinho? Diz-nos que devíamos fazer um estágio, onde só recebesse-mos coisas boas, porque é isso que nos vai tirar da linha d’água?
Há alturas em que não tenho resposta. E nem sei se tudo bem.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Há muitos anos atrás.
domingo, 17 de outubro de 2010
Gosto de escrever cartas.
If you're reading this, it means I actually worked up the courage to mail it so good for me. You don’t know me very well, but if you get me started I tend to go on and on about how hard the writing is for me.
This is the hardest thing I ever had to write. There’s no easy way to say this so I’ll just say it, I met someone. It was an accident, I wasn’t looking for it, I wasn’t one the make it was a perfect storm. She said one thing and I said another and the next thing I knew I wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation. Now there this feeling in my gut that she might be the one. She completely nuts in a way that makes me smile highly neurotic, a great deal of maintenance acquired. She is you Karen, that’s the good news. The bad news is that I don't know how to be with you right now, and that scares the shit out of me. Because if I am not with you right now I have this feeling we will get lost out there.
It’s a big bad world full or twist and turns and people have a way of blinking and missing the moment. The moment that could of changed everything. I don’t know what’s going on with us and I can’t tell you should waste a leap of faith on the likes of me. But damn you smell good, like home and you make excellent coffee that has to count for something. Call me!
Unfaithfully yours,
Hank Moody"
Dizem que sou doida e que cheiro bem, há esperança portanto. Amén Hank.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Pequenas considerações
Largar a mão
Por mais voltas que consigamos dar aos argumentos, há alturas em que já não temos volta a dar. Admitimos o inadmissível e seguimos em frente, sem medos. Ontem deitei-me na cama enquanto esperava a calma e pensei muito. Percebi que tenho um muro imperceptível, porque todos acham que sou acessível, que não consigo chorar perante os outros de forma fácil, porque não gosto de mostrar fragilidade e acima de tudo percebi porque provoco os outros. Não é um acto pensado, nunca foi, mas existe e é irritante, para os outros e também para mim. O muro que construí é feito de movimentos bruscos, que tentam mostrar que sou forte, que não me deixo enganar e levar. A realidade é que não sou forte como pensava, acredito nas pessoas e muitas vezes elas desiludem-me. E depois sem saber porquê atiro frases provocadoras para ver o resultado, ficando depois triste comigo mesma por fazer isto a quem gosto. O problema é que ontem do nada consegui explicar a mim mesma o que é isto. Ontem expliquei-me que no fundo quero ouvir da boca dos outros o contrario do que digo, quero ouvir que estou enganada e que afinal está tudo bem. As pessoas que passam por isto normalmente são aquelas de quem mais gosto. Essas pessoas são aquelas em quem confio, portanto ‘picá-las’ não faz sentido e só me faz passar por ‘uma gaja lixada’. Nunca fui assim, o tempo fez-me desta maneira e eu não quero mais. O verbo mudar nunca foi fácil de conjugar, em nenhum dos tempos, mas eu já decidi que o presente e o futuro ficam-me muito bem.